quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O PÃO DE QUEIJO

Lá estava eu, dentro das tetas, cheinha de leite, aí vieram duas mãos, com aqueles dedos fortes, limpos, nem tanto, me pegaram pelo meio, me apertaram, me espremeram e retiraram-me das tetas, eu, um líquido precioso, o leite, eu guardado pro bezerro, que com aquela boca escancarada e sem dentes insistia em morder-me. Voltemos àqueles dedos fortes, com cheiro de leite, fezes e urina, retirou-me, eu líquido precioso para os humanos, não sei porquê, a mulher também tem leite! (os humanos é a única espécie animal que bebe leite de outro animal ao longo de suas vidas) Mas só serve se for eu, o leite da vaca, da cabra, para fazer bolos, tortas, doce e lá em Minas Gerais inventaram um tal de pão de queijo. Aí sim eu vi aperto, primeiro transformaram-me em coalhada, sabe, é leite estragado. Estes humanos gostam de coisa tão estranha! Uma parte de mim foi levada para uma panela em fogo alto, cozinharam-me, ai como dói, fogo. A outra parte foi espremida, vieram duas mãos macias, suaves, aí eu gostei! aperta daqui, aperta dali, transformaram-me numa coisa meio mole, meio dura, deixaram-me ao relento, como se ninguém se importasse comigo, senti muita tristeza, assim meio abandonado, sozinho ao relento, juntos às moscas, muriçocas e outros bichos que eu não sei o nome. Depois que eu já estava bem durinho, disseram que eu estava curado, não sei de quê, se eu não estava doente! Apareceu alguém com um troço cheio de dentes, dizendo que ia me ralar, senti que ali era o meu fim, era fim de caminho, fim de vida! Começou a ralação, ai como dói! Vi os meus pedaços caindo e eu alí naquele desespero, gritando e ninguém me ouvia e eu gemia, ai, ai,ai, ui,ui,ui. Misturaram farinha de trigo, polvilho, transformaram-me em bolinhos, levaram-me pro forno. Ai que forno quente, insisti em não entrar, mas minha vontade e minha força eram menores do que as daquela selvagem, agora eu já sabia qual era o meu fim. Boca! Depois de algum tempo, eu já desidratado, coitado de mim, retiraram-me do forno, vieram duas raparigas gritando: - Ai que delícia de pão de queijo! Senti um calafrio enorme, não tinha mais volta. Pegaram-me, uma boca se abriu, fui mordido, encharcado com saliva, não foi tão ruim. Percorri por enormes labirintos, tudo no escuro, havia cachoeira, corredeiras, uma parte de mim foi para a corrente sanguínea e a outra foi expulsa como resto, bagaço, eram as fezes, urina e suor. As fezes foram jogadas nas hortas, servi de alimento às folhas que os humanos comem, repolho, couve, agrião, beterraba, cenoura e outras que eu não conheço, levaram-me pro pasto, adubei o capim e sabe quem me comeu? A vaca, lá na barriga dela tansformei-me em leite e,...

6 comentários:

sadrianna disse...

Muito engraçadinha essa história de pão de queijo!! Gracinhas à parte,admiro pessoas que escrevem por puro prazer.Parabéns!!!!!

umcaipiraumaviola disse...

Estes dois textos são indi
cados para crianças sem motivação para leitura, por apresentarem ele
mentos ou criações do seu dia-dia.

Vilma Soraya disse...

nossaaaaaaaaaaaaaaa esssa é d+ mas devia ter dito q as mão eram bem limpinhas pq agora vou pensar nisso todas as vezes q for comer um queijo, heheheh

Ricardo disse...

as fezes servem pra adubar a terra e fazer crescer os repolhos da vida...as alfaces que se comem em saladas... o leite saído direto das vacas, são muito gordurosos e as vezes fazem mal ao humano que está acostumado a beber leite de caixinha... O pão de queijo é delicioso mas tem de se saber fazer, senão ele endurece e quebra os dentes.

umcaipiraumaviola disse...

Dia 8 de março é dia internaci-nal da mulher, mas que mulher? Será
a mulher que amo? A mulher mais bonita que reside no meu bairro, na
minha rua, que alvissareira passa por mim todas as manhãs e polidamen
te deseja-me um carinhoso, bom dia, amigo! Ou será aquela que no seu carro de luxo passa por nós os- tentando luxo, riqueza e poder? Que com os vidros escurecidos do carro, fechados, para não ser reco- nhecida, olhar à frente, altivo, como se todos os demais fossem seus leais súditos, sentimo-nos co- mo párias. Ou será aquela, mulher amorosa, que pela vida queda-se de amores, ama o seu irmão, amigo, na mesma proporção ama o seu inimigo. Levanta-se bem cedo, por volta de 5:00 h da manhã, luta, briga, por um lugar ao Sol, suporta as queimaduras, desta luta insana, on- de covardemente, homens, sucateiam
o que de mais belo há nas mulheres,
a candura e a levesa deste ser tão necessário ao equilíbrio no lar e no mundo. Queridas amigas, prossigam nesta luta que é de vocês
os homens, amantes da paz e da har- monia, ombreiam com vocês esta missão que ver parelhos os direitos
e os devers de ambos. Parabéns queridas, amo a todas vocês, peço a Deus que não deixe faltar o alen- to que é este combustível tão necessário a esta luta. Lutem!

umcaipiraumaviola disse...

Dia 8 de março é dia internacinal da mulher, mas que mulher? Será
a mulher que amo? A mulher mais bonita que reside no meu bairro, na
minha rua, que alvissareira passa por mim todas as manhãs e polidamen
te deseja-me um carinhoso, bom dia, amigo! Ou será aquela que no seu carro de luxo passa por nós os- tentando luxo, riqueza e poder? Que com os vidros escurecidos do carro, fechados, para não ser reco- nhecida, olhar à frente, altivo, como se todos os demais fossem seus leais súditos, sentimonos co mo párias. Ou será aquela, mulher amorosa, que pela vida queda-se de amores, ama o seu irmão, amigo, na mesma proporção ama o seu inimigo. Levanta-se bem cedo, por volta de 5:00 h da manhã, luta, briga, por um lugar ao Sol, suporta as queimaduras, desta luta insana, on- de covardemente, homens, sucateiam
o que de mais belo há nas mulheres,
a candura e a levesa deste ser tão necessário ao equilíbrio no lar e no mundo. Queridas amigas, prossigam nesta luta que é de vocês
os homens, amantes da paz e da har- monia, ombreiam com vocês esta missão que ver parelhos os direitos
e os devers de ambos. Parabéns queridas, amo a todas vocês, peço a Deus que não deixe faltar o alen- to que é este combustível tão necessário a esta luta. Lutem!