Mulher amada

Quero muito falar a ti mulher, mas como falar à ti, se a cada dia fico mais distante de ti, isto me causa medo, pavor. Sou um sujeito afeito às causas da mulher, assim, é justo que sinta-me amedrontado, às vezes amofino-me, Ave Maria, como aceitar esta ideia que para mim é muito nova. Mas quero falar a ti: mulher de todos os tempos, moderna, conteporânea, antiga, antiga? , experiente! Hoje sou obrigado, bem obrigado, que hoje tu em todos os locais, ocupa áreas, antes reservadas aos homens, desde os tempos dos coronéis iniciado na época da produção açucareira, povoada de capatazes, feitores, que as viam apenas como parideiras, escrava de homens cruéis, assim como fui. Olho para traz,não sei se sinto vergonha ou remorso ou medo, medo de reviver os horrores em que vivi. O teu cheiro, cheiro de mulher, cheiro de fêmea, embebeda-me, deixa-me embriagado pelas formas arredondada do teu sucesso, que são as mesmas do teu corpo, corpo com cheiro de mato verde, de restinga, de pitanga, de gabiroba, de marolo que são frutas suculentas como são suculentos os teus beijos, sonhos. Este sou eu, um professor apaixonado pelas mulheres e pelas suas causas, pois antes de serdes mulher, tu és gente, sujeito ativo dos destinos da natureza da tua família, do teu destino em todos os quesitos. Ah, mulher! Como desejo ver cumpridos todos os anseios teus, escritos nos anais da casa grande " Congresso Nacional", Vê-las sem o vilipêndio de homens como este do início deste texto. Parabéns à ti mulher apaixonada pela liberdade tua e a dos teus, que te são caros, minha querida, sempre altiva sem esquecer jamais de ser mulher, fêmea, profissional. Amo a todas, pois, todas são o motivo d'eu escrever, sentir este cheiro de vida de garra, de nunca desistir dos teus mais sublimes desejos. Ser feliz! Prof. Roldão Silvério